A Rota das Fontes de Santa Margarida da Coutada é um percurso de pequena rota que une 6 fontes em diferentes localidades da freguesia de Santa Margarida da Coutada.
O traçado tem um percurso circular, com 12,5 Km e pode realizar-se em qualquer altura do ano. Não apresenta declives significativos e desenvolve-se por estradas municipais, caminhos e trilhos florestais.
A paisagem é marcada pelas várias aldeias e lugares onde ainda se pode contemplar a arquitetura tradicional da região, pelas hortas e quintais que subsistem na envolvência das habitações e onde se pratica uma agricultura muito própria e por manchas florestais onde predominam espécies como o sobreiro, pinheiro e eucalipto.
Nalgumas partes do percurso ainda se podem observar pequenos bosquetes compostos por espécies autóctones como o carvalho-português (Quercus faginea), o sobreiro (Quercus suber), o medronhei-ro (Arbutus unedo), a murta (Myrtus communis) e a aroeira (Pistacia lenticus).
A fauna é diversa encontrando-se espécies como a raposa (Vulpes vulpes), o saca-rabos (Herpestes ichneumon), a gineta (Genetta genet-ta), o javali (Sus scrofa), o coelho-bravo (Oryctolagus ciniculus), a águia-de-asa-redonda (Buteo búteo), a águia-calçada (Hieraaetus pennatus) e muitas outras espécies.
A Rota das Fontes cruza em diversos pontos com a Rota dos Cântaros e Cantos e com a GR12 (Grande Rota - Caminho do Tejo), o que torna este percurso mais rico e completo, uma vez que, aqueles que tenham mais dificuldades poderão fazer 2 percursos mais pequenos e distintos, sem grande dificuldade.
Ficha técnica:
# | Trilho | Descrição |
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Início e Fim do Percurso | ||
Fonte de S. João - Aldeia | Trata-se da fonte mais antiga da freguesia, com lavadouro adjacente. Construída em 1849, um ano depois da Fonte Velha na sede do concelho, revelou- se uma das mais importantes obras do século para os habitantes das localidades a Sul do Tejo do concelho de Constância. Para além do valor patrimonial, dada a imponência, a singeleza e a sobriedade do seu espaldar e do lavadouro adjacente, a sua água constituiu um bem incomensurável dada a escassez que existia e as doenças que derivavam da ingestão do precioso líquido nas fontes de chafurdo da região. Na sua construção, para além do notável investimento, que obrigou a mais um empréstimo (tal como na Fonte Velha de Constância), participaram todos os habitantes da Aldeia e dos locais circundantes. Através de pequenas dádivas, da colaboração na construção ou na cedência de materiais, revelou a união de um povo em prol de um equipamento essencial para a história e para a vivência destas gentes. Nos finais do século XX foi recuperada, embelezada e requalificada, assim como o lavadouro, e enquadrada paisagisticamente no Açude de Santa Margarida. | |
Fonte da Mina - Portela | Fonte inaugurada em 1882, de acordo com os acórdãos de Vereação da Câmara Municipal de Constância. Situa-se a nordeste da Portela e foi durante muitos anos a única alternativa para as gentes desta localidade. A sua área envolvente foi muitas vezes aproveitada para a realização de atividades pelos escuteiros, sendo atualmente um espaço prioritário durante os campos de férias de Verão. Complementando este espaço, encontramos nesta área um lavadouro que ainda hoje é utilizado como nos tempos de outrora. | |
Fonte de Lucas - Cardal | Esta é das mais antigas da freguesia. Conta o Sr. Ângelo que esta fonte de águas tão puras teve uma “vida” muito atribulada. Duma muralha com cerca de 4 metros de altura, uma pequena bica com tubo feito em cobre largava água para duas pias feitas em pedra, que eram usadas para dar água aos animais. Sem grandes alternativas, os populares esperavam a sua vez para poder encher os seus cântaros. Iam de madrugada pois o tempo era precioso e havia muito trabalho pela frente. | |
Fonte Vale Cachorros - Vale de Mestre | Construída no século XIX, que desde sempre “alimentou” as gentes de Vale de Mestre. Das origens desta fonte pouco se sabe. Começou, como todas as fontes, por uma pequena nascente que os populares souberam aproveitar. Colocaram uma telha na bica e com uma grande paciência esperavam até o cântaro encher. Às vezes a água trazia impurezas, terra e folhas, que eram inteligentemente filtradas com um pano no cimo do cântaro. | |
Fonte de S. Pedro - Vale de Mestre | Esta fonte, inaugurada em 1958 deve o seu nome às gentes de Vale de Mestre que com a sua determinação conseguiu angariar verbas para pagar a limpeza da mina e fazer obras na fonte. Tudo começou com uma pequena poça de água em terras da família Botas. Esta poça que aos poucos foi crescendo, passou a ser um ponto de recolha de água. Conta o Sr. José Oliveira que as mulheres recolhiam a água desta poça com um púcaro e enchiam assim os seus cântaros. Era precisa paciência, até porque embora já brotasse alguma água, ainda não era a suficiente. | |
Fonte S. João - Malpique | A Fonte de S. João, no lugar de Malpique, foi construído no século XIX. Nessa época seria de uma fonte de telha, localizada no antigo estradão de Malpique para Santa Margarida, por onde saía um fio de água. Mais tarde, na década de trinta, a câmara permitiu que a mina fosse limpa, e fez obras de aprofundamento da fonte e mudou a bica para outro local, permitindo um maior caudal de água. | |
Parque Ambiental de Santa Margarida | o Parque Ambiental de Santa Margarida proporciona ao visitante o contacto direto com a natureza, desfrutando de momentos de tranquilidade e dispondo de informação e de atividades relacionadas com o ambiente. O Parque integra uma ecoteca, um jardim de plantas aromáticas e medicinais, um anfiteatro ao ar livre, espelhos de água, um parque infantil, um campo de jogos, um parque de merendas, uma torre de observação de onde se tem uma panorâmica geral do Parque e se pode apreciar uma paisagem imensa, e um borboletário. | |
Igreja de Malpique | . | |
Igreja de Santa Margarida | É um templo do último quartel do século XVII, como testemunha a data de 1678 gravada na pedra por sobre a porta da fachada. Foi beneficiada na segunda metade do século XIX, ocasião em que se lhe colocou a lindíssima cruz, datada de 1872 e esculpida na pedra por cima do janelão da fachada. As maiores riquezas deste templo rural são as suas imagens que, infelizmente, não podem estar ao culto devido à cobiça dos ladrões que já a assaltaram, em 1996. | |
Igreja da Portela | . | |
Fonte Santa | A Fonte Santa é uma fonte de mergulho construída a 01/02/1956 em terreno do botas. | |
Fonte da Ti Ana | A Fonte da Ti Ana é uma das várias fontes públicas utilizadas pelos moradores da aldeia. Por toda a freguesia pode ainda visitar-se a Igreja matriz, a capela de Malpique, a capela de São Pedro e as ruínas romanas de Alcolobre. | |
Açude da Ribeira da Foz | O Açude da ribeira da Foz é um percurso pedestre dinamizado pelo Parque Ambiental de Santa Margarida. Este inclui uma importante galeria rípicola de inigualável beleza natural. | |
Cascata de Malpique | . | |
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